Relatório de Mário David sobre a Revisão da Política Europeia de Vizinhança Sul aprovado em Estrasburgo

Relatório de Mário David sobre a Revisão da Política Europeia de Vizinhança Sul aprovado em Estrasburgo

"Importantes mudanças estratégicas para a Política Europeia de Vizinhança foram hoje aprovadas pelo Plenário em Estrasburgo. A Europa pode ser pró-activa se o desejar e se se mantiver unida em torno de um ideal. Mais uma vez, provámo-lo hoje!", afirmou Mário David, após a aprovação desta proposta de Resolução, "na verdade, o Comissário Fule acolheu, ontem no debate, a quase totalidade das nossas propostas, facto que nos apraz registar!".

Sobre este processo de revisão, Mário David acrescentou: "desafiamos agora a Comissão a demonstrar no seu processo de revisão de 10 de Maio, a ambição que o momento actual reclama, ou seja uma Política de Vizinhança tailor-made, à medida de cada Estado, com benchmarks claros e uma avaliação cuidada, que permita levar a um futuro Espaço Económico Mediterrânico com as novas democracias do sul, esperando ainda que o bom ambiente e a cooperação que tem caracterizado os trabalhos sobre este tema levem a um envolvimento permanente do Parlamento Europeu no planeamento e avaliação desta Política".

Como elementos-chave do seu Relatório, Mário David destacou a "absoluta necessidade de defender os valores fundadores da União nas relações com os países vizinhos", salientando que "não podemos mais transigir na defesa da Democracia. Nem na defesa dos Direitos Humanos. E muito menos na defesa da Justiça social. Não poderemos mais privilegiar a estabilidade de curto prazo em detrimento dos superiores interesses dos cidadãos e da sua defesa intransigente. Da sua liberdade individual e colectiva, com uma particular atenção sobre os direitos das mulheres."

O Eurodeputado Mário David considera·ainda "absolutamente imprescindível que no futuro, a União privilegie uma aproximação da 'base para o topo' na sua Política de Vizinhança", destacando que"apenas um maior envolvimento das comunidades locais e da sociedade civilgarantirá uma eficácia máxima à sua implementação".

Conclui Mário David que "não posso deixar de expressar uma frustração: lamento que este Parlamento e a Comissão não queiram aproveitar esta oportunidade para diferenciarem, de vez, a Política de Vizinhança Leste, com os países que potencialmente podem vir a ser, no futuro, nossos parceiros na União, da Política de Vizinhança Sul."