Sofia Ribeiro pede ao Comissário da Agricultura mais medidas para mitigar as consequências do embargo russo

Sofia Ribeiro pede ao Comissário da Agricultura mais medidas para mitigar as consequências do embargo russo

A Eurodeputada Sofia Ribeiro foi uma das co-autoras de uma carta dirigida ao Comissário Phil Hogan, por parte dos Deputados do Partido Popular Europeu com assento na Comissão de Agricultura, a exigir mais medidas de apoio ao sector agrícola na sequência do prolongamento do embargo russo.

Segundo Sofia Ribeiro "os agricultores não estão na origem desta crise política, mas são os principais penalizados, ao estarem sujeitos à perda de um importantíssimo mercado para as exportações europeias causada pelo embargo aos produtos agrícolas europeus por parte do governo russo, com especial incidência em sectores como o leite, hortícolas, frutícolas e carne de porco e aves."  

De facto, após as sanções diplomáticas iniciadas pela União Europeia aquando da crise na Ucrânia em 2014, a Rússia respondeu com embargos económicos, especialmente no sector agrícola e alimentar, causando graves prejuízos para este sector europeu. Para a Eurodeputada "o embargo russo gerou uma crise sequencial, pois ao não ser possível a exportação para a Rússia, os Estados-Membros vizinhos começaram a ter excedentes agrícolas que passaram a ser colocados nos mercados europeus, criando nova situação de excedentes vindos do leste e acabando por atingir todos os países europeus, mesmo aqueles que não tinham a Rússia como um importante destino de exportação. Um ano depois, verificamos que importa reforçar as medidas tomadas então pela Comissão Europeia e esta foi a principal razão desta carta enviada ao Comissário da Agricultura em que defendi, aquando da sua elaboração, que se desse um especial ênfase no sector do leite".

A finalizar as suas declarações, Sofia Ribeiro afirmou que "numa altura em que ocorreu simultaneamente o fim das quotas leiteiras, num momento de enorme instabilidade no sector do leite e de imprevisibilidade dos mercados, importa continuar e até aumentar as medidas tomadas pela Comissão Europeia com vista à compensação dos produtores afectados por esta situação que, repito, não têm qualquer responsabilidade mas são os principais prejudicados".