Carlos Coelho apelida decisão de Trump de “egoísta e irresponsável”, apelando ao “reforço da liderança europeia”

Carlos Coelho apelida decisão de Trump de “egoísta e irresponsável”, apelando ao “reforço da liderança europeia”

Carlos Coelho reagiu, em Bruxelas, à decisão do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, de retirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima. “Esta decisão egoísta e irresponsável  contraria um facto básico: o de que as alterações climáticas são a mais clara manifestação dos desafios da globalização. Os seus efeitos são sentidos por todos e o seu combate tem de ser feito por todos. Quando as interdependências exigem mais compromisso, Trump opta por ficar de fora. Com esta atitude, Trump coloca os EUA ao nível da Síria e da Nicarágua” afirmou.

O Deputado ao Parlamento Europeu concretizou, afirmando que “a decisão é egoísta porque prejudica a solidariedade internacional e intergeracional: por um lado, rejeita compromissos assumidos por todos os demais 194 países, sabendo que são os países mais pobres e mais afectados pelos efeitos do aquecimento global que vão sofrer mais com este retrocesso (veja-se o caso das crises migratórias motivadas por catástrofes naturais, por exemplo); por outro lado, Trump deixa o custo da ignorância das alterações climáticas e das suas consequências para as gerações futuras, que terão de lidar com um mundo mais parco em recursos naturais e com níveis de aquecimento insustentáveis”. Acrescentou que “esta saída é, também, uma decisão errática, porque infundada: quando o mundo da Ciência comprova o desafio global, Trump toma uma decisão unilateral. Esta deriva isolacionista, aqui como noutras matérias, não augura nada de bom para o futuro das relações internacionais, nem tão pouco para o futuro dos Estados Unidos da América, nosso aliado natural”.

Quanto às consequências da decisão, o social-democrata concluiu que “a União Europeia sempre foi líder do combate às alterações climáticas e, neste momento, é chamada a reafirmar essa sua liderança. A saída dos EUA não pode significar o fim do Acordo, se bem que dificulta o cumprimento dos seus objectivos. Este momento deve levar-nos a reforçar os esforços conjuntos dos 194 países que ficam e que estão dispostos a trabalhar, na base do compromisso, para um futuro melhor”.

Paulo Rangel
Lídia Pereira
José Manuel Fernandes
Maria Graça Carvalho
Cláudia Monteiro de Aguiar
Carlos Coelho