Sofia Ribeiro satisfeita com decisão da Comissão sobre a não suspensão de fundos

Sofia Ribeiro satisfeita com decisão da Comissão sobre a não suspensão de fundos

Sofia Ribeiro viu com “total satisfação” a decisão tomada esta quarta-feira pela Comissão Europeia da não suspensão de fundos a Portugal, depois de um processo que a Eurodeputada já havia apelidado de “estéril” e “esquizofrénico”.

A deputada social-democrata defendeu que “todo este período de espera, sem sabermos o destino do nosso país no que concerne ao acesso a apoios europeus, poderia ter sido evitado. Para além de prejudicial para o investimento e crescimento foi um processo descabido, pois o próprio Governo português já havia admitido que o défice de 2015 tinha sido de 2,98 %, sem o efeito banif. Ou seja, abaixo dos 3% acordados”.

“O nosso país tinha todos os argumentos para que não tivessem sido aplicados estes cortes logo à partida. Merece crítica a falta de argumentação dos nossos governantes que apenas invocaram a confiança no seu projecto, como se de um cheque em branco se tratasse, o que, no meu entender, permitiu que este circo continuasse”, disse Sofia Ribeiro, criticando a passividade do Governo de António Costa nesta discussão.

A Eurodeputada relembrou ainda os esforços feitos pelo povo português nos últimos anos, afirmando que “a grande evolução do país nos últimos 5 anos, devido aos esforços extraordinários dos portugueses, em que reduzimos o nosso défice em cerca sete pontos percentuais absolutos, só por si, já justificaria que este corte não se aplicasse. Já havia, em Junho passado, chamado a atenção da Comissão Europeia para isto. A própria Comissão utilizou este argumento quando tomou a decisão da não aplicação de multas ao nosso país, portanto seria de esperar que o mesmo fosse válido para a não suspensão de fundos estruturais e de investimento a Portugal”.

Para Sofia Ribeiro “seria, assim, absolutamente injusto que a Comissão viesse agora penalizar os cidadãos, as empresas e as associações portuguesas, aplicando-lhes cortes que não foram aplicáveis ao Governo. A solução final para a qual muito batalhei, e em que estive na linha da frente do Parlamento Europeu, foi assim da mais elementar justiça”.

“O bom senso preponderou sobre os interesses tecnocratas da União”, finalizou a Eurodeputada.

Paulo Rangel
Lídia Pereira
José Manuel Fernandes
Maria Graça Carvalho
Cláudia Monteiro de Aguiar
Carlos Coelho