Sofia Ribeiro aponta solução para financiamento da pista da Horta

Sofia Ribeiro aponta solução para financiamento da pista da Horta

Na sequência das jornadas realizadas nesta última semana nas ilhas Pico, S. Jorge e Faial, a Eurodeputada Sofia Ribeiro reuniu com o grupo de amigos do aeroporto da Horta, acompanhada pelos Deputados Regionais do PSD/Açores Carlos Ferreira e Luís Garcia, bem como de uma delegação da estrutura de ilha do Partido. Essa reunião, que decorreu na sequência de uma solicitação do grupo de cidadãos que se encontram a estudar a ampliação da pista do aeroporto da Horta, visou analisar as hipóteses de se recorrer a financiamento Europeu na realização das respectivas obras, uma vez que o referido grupo havia inquirido previamente a Eurodeputada relativamente à possibilidade de se recorrer ao Mecanismo Interligar a Europa. 

Tendo por referência uma explicitação da Comissão Europeia, Sofia Ribeiro informou que este mecanismo, no quadro Financeiro Plurianual Europeu em vigor, não prevê subvenções directas para apoiar a capacidade dos aeroportos regionais e adiantou que “apesar de estar obviamente disponível para requerer que o próximo quadro financeiro, no pós 2020, contemple soluções para os nossos aeroportos e aeródromos, julgo não ser esta uma solução satisfatória, por ser demasiado tardia. É, aliás, profundamente lamentável que tenhamos desperdiçado as ajudas europeias para infraestruturas, construindo elefantes brancos que não geram riqueza nem garantem retorno social, e hoje temos muito mais dificuldade em financiar projectos prioritários, quando desbaratámos apoios no passado”.

Recordando que a filosofia que hoje preside aos apoios europeus nada tem a ver com taxas de execução, mas com garantias de retorno e de replicação dos investimentos que a União Europeia venha a potenciar, a Eurodeputada do PSD/Açores não deixou, contudo, de apontar soluções alternativas de financiamento. Para Sofia Ribeiro, “caso haja interesse conjunto dos Governos Regional e da República, pode-se recorrer a apoio através de instrumentos financeiros, nomeadamente do Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos, mais conhecido por Plano Juncker, o que requer a abertura de um procedimento de negociação com as entidades europeias responsáveis”. Ainda que reconheça dificuldades neste processo de candidatura, a Eurodeputada exemplifica recorrendo a situações similares de obtenção de tal financiamento, destacando a construção, na Alemanha, de uma autoestrada, e acrescenta: “se o Governo Regional e o Governo da República entendem poder candidatar o desenvolvimento do porto da Praia da Vitória ao Plano Juncker, não vejo por que não hão-de poder candidatar a ampliação da pista do aeroporto da Horta ao mesmo programa”.

À margem de tal apreciação, e tendo igualmente reunido com diversos agentes turísticos Faialenses, Sofia Ribeiro não deixa de frisar que o investimento em infraestruturas que potenciem o turismo não pode deixar de ser acompanhado da aposta na formação inicial e contínua de trabalhadores nessa área, sem desprimor do ensino de línguas estrangeiras, não sendo suficiente, no seu entendimento, o domínio do Inglês. A Eurodeputada vai ainda mais longe, referindo que “é necessário que desbloqueemos o quanto antes uma série de procedimentos excessivamente burocráticos que obstam ao investimento e que levam a que diversos empresários equacionem desistir dos programas de que podem dispor, pela sua morosidade e pelos custos acrescidos pela ineficiência administrativa na gestão dos referidos programas”.

Recorde-se que a Eurodeputada reuniu igualmente, no Faial, com a APEDA, a APASA, a APADIF, a CCIH, a CALF e com a Associação de Agricultores do Faial, tendo também visitado a Queijaria O MORRO, bem como diversos empreendimentos turísticos locais.

Para Sofia Ribeiro “esta jornada corresponde a uma filosofia que preside ao trabalho que tenho vindo a desenvolver, de grande proximidade com as pessoas que represento, em que apresento contas da minha intervenção e reúno dados para reenquadrar a minha acção futura, estando centrada em quatro pontos de acção, a saber: a Agricultura, a Pesca a Economia Social e Solidária e o Turismo.”