Não há Deus nem Religião que justifique morte e violência

Não há Deus nem Religião que justifique morte e violência

O Parlamento Europeu aprovou, hoje em Estrasburgo, uma Resolução de condenação sobre o assassínio sistemático e em massa das minorias religiosas pelo EIIL/Daesh, que contou com o apoio firme do social-democrata Carlos Coelho.

Carlos Coelho, Membro da Comissão das Liberdades Cívicas, recordou que o ano de 2015 foi marcado pela multiplicação de conflitos violentos e actos terroristas praticados pelo Estado Islâmico, violando o Direito internacional humanitário, e perpetrando, sob uma pretensa ideologia religiosa, actos de extermínio de comunidades étnicas, erradicação de património cultural e actos de pura barbárie contra o Ser Humano.

"Não posso, não podemos e não devemos permitir, como referiu o Papa Francisco, um mundo onde as diferentes formas de moderna tirania procuram suprimir a liberdade religiosa, ou reduzi-la a uma subcultura sem direito de expressão na esfera pública, ou ainda usar a religião como pretexto para o ódio e a brutalidade", afirmou em Estrasburgo.

Várias minorias étnicas e religiosas, nas quais se incluem as comunidades cristã (caldeia/siríaca/assíria, melquita, arménia), yazidi, turquemena, shabak, kaka’i, sabeíta-mandeísta, curda e xiita, bem como muitos árabes e muçulmanos sunitas, têm estado na linha de mira do autoproclamado «EIIL/Daesh».

Muitos têm sido assassinados, massacrados, espancados, extorquidos, sequestrados e torturados; têm sido escravizados (em especial as mulheres e raparigas, igualmente sujeitas a outras formas de violência sexual), forçados a converter-se e vítimas de casamentos forçados e de tráfico de seres humanos; crianças têm também sido recrutadas à força e monumentos, mesquitas, santuários, igrejas e outros locais de culto, túmulos e cemitérios foram vandalizados.

Para Carlos Coelho "É preciso agir, reagir e prevenir. Ser impassível e moral, é um dever que chama a todos a um nível político, social ou espiritual".

Em conformidade com a responsabilidade de proteger, quando, manifestamente, um Estado (ou um actor não estatal) não protege a sua população ou, de facto, perpetra estes crimes, a comunidade internacional tem a responsabilidade de agir de forma colectiva para proteger as populações, em conformidade com a Carta das Nações Unidas.

Neste sentido Carlos Coelho declarou que "este não é um desafio de um ou outro credo, é um desafio da Humanidade, que exige cooperação de todos os Estados e entidades. Globalize-se o ataque ao EIIL/Daesh, não se globalize a indiferença!

Paulo Rangel
Lídia Pereira
José Manuel Fernandes
Maria Graça Carvalho
Cláudia Monteiro de Aguiar
Carlos Coelho